O vôlei vive seu momento mais efervescente em anos. Em 7 de setembro, a Itália ergueu o título mundial feminino em Bangkok, confirmando um ciclo vencedor que já inclui ouro olímpico e a Liga das Nações. Três semanas depois, em 28 de setembro, foi a vez da seleção masculina italiana vencer a Bulgária em Pasay City e selar um bicampeonato mundial que recoloca o país no centro do mapa. Entre esses dois marcos, a Polônia retomou a dianteira da VNL masculina, o Brasil voltou ao pódio no cenário de seleções e a Superliga coroou projetos sólidos no país. A temporada deixou lições claras sobre profundidade de elenco, gestão física e a nova geografia do esporte.
Mundiais de 2025 mudaram o tabuleiro
No feminino, a Itália bateu a Turquia por 3 a 2 em uma final dramática em Bangkok. A condução de Alessia Orro no comando do ataque, a consistência defensiva de Monica De Gennaro e as bolas pesadas de Paola Egonu fizeram a diferença no momento decisivo. O bronze ficou com o Brasil após outra batalha de cinco sets contra o Japão, vitória que coroou a liderança técnica e emocional de Gabi. A edição marcou também a consolidação do novo formato com 32 seleções e a entrada definitiva do Sudeste Asiático no roteiro dos grandes torneios.
No masculino, a Itália confirmou a força da sua geração ao vencer a Bulgária por 3 a 1 em Pasay City. O saque agressivo e a leitura de bloqueio sustentaram a vitória, em uma atuação coletiva que teve Alessandro Michieletto como figura central ao longo do torneio. A Polônia completou o pódio ao superar a Tchéquia na disputa do terceiro lugar, reafirmando a regularidade de um sistema que se mantém competitivo ano após ano.
A fotografia da VNL em 2025

A Liga das Nações sintetizou tendências que os Mundiais confirmaram. No feminino, a Itália conquistou o tri em quatro edições ao virar sobre o Brasil na decisão em Łódź por 3 a 1. O protagonismo ficou com a veterana De Gennaro, premiada como melhor jogadora, e com um conjunto que alterna potência de ponta e disciplina tática. No masculino, a Polônia varreu a final contra a Itália por 3 a 0 em Ningbo. A leitura de jogo, a pressão no saque e a rotação de banco explicam um título construído sem ceder sets no Final 8. O Brasil fechou o pódio ao bater a Eslovênia e mostrou evolução de volume de jogo e eficiência nas viradas de bola. Isso só mostra como a tática no vôlei é fundamental.
Brasil em alta rotação
A medalha de bronze no Mundial feminino veio com assinatura de capitã e de elenco. O time soube transformar frustração de semifinal em intensidade, sobretudo na defesa e nas transições rápidas. No masculino, o bronze da VNL indicou caminho claro de ajustes no sistema ofensivo e no passe contra seleções de pressão. No ambiente de clubes, a temporada reforçou virtudes conhecidas. O Sada Cruzeiro conquistou seu nono título de Superliga ao virar uma final dura contra Campinas, enquanto o Osasco encerrou um jejum de 13 anos e levantou novamente a taça no feminino, com Natália decisiva nas bolas de segurança e na gestão dos momentos críticos. É um ecossistema que segue formando, atraindo e reabilitando talentos, com impacto direto nas seleções.
Audiência, calendário e a nova geografia do vôlei
O Mundial feminino registrou números históricos de audiência, impulsionado por mercados como China, Itália e Turquia. O formato ampliado para 32 seleções trouxe diversidade competitiva sem perder qualidade técnica, e a sequência de sedes no Sudeste Asiático mostrou o apelo global da modalidade. A confirmação de Estados Unidos e Canadá como anfitriões do Mundial feminino de 2027 e de Qatar para o masculino de 2029 aponta um ciclo com novas praças, novos públicos e maior competição por atletas e técnicos no mercado internacional.
A praia também ferveu
O circuito de praia manteve o Brasil no centro das conversas. As etapas do Elite16 no país evidenciaram o duelo recorrente entre duplas brasileiras e norte‑americanas, com finais e semifinais disputadas ponto a ponto. O calendário apertado exige escolhas, mas a consistência técnica e a renovação mantêm o país entre os protagonistas.
O que esperar daqui para frente
A Itália sai de 2025 com a régua mais alta do vôlei mundial. No feminino, a mesa tática montada com Orro, Egonu, Sylla e uma linha de defesa veterana e inteligente dá previsibilidade de rendimento. No masculino, a combinação de potência de saque, variação de meio e a evolução de Michieletto sustentam metas ambiciosas. A Polônia reforça a tese de que profundidade e microgestão de carga física ganham campeonatos longos. O Brasil leva de 2025 uma certeza valiosa. Há elenco, há reposição e há competitividade para brigar por ouros quando eficiência de saque e side‑out aparecerem nos dias certos. Com a ampliação de vagas e a migração de sedes, o vôlei entra em uma fase de fronteira. Quem souber administrar picos de forma e construir alternativas de jogo para diferentes adversários voltará a ocupar o topo do pódio com mais frequência.

Nutricionistas e dietistas são treinados para avaliar a saúde, como o nosso corpo assimila vitaminas saudáveis que conformam os Pilares de suportes para essa formação desse organismo. Não desconsiderando, contudo, nunca formar nada com a finalidade de manter a nossa preparação física, já que precisa levar em conta o estilo de vida.